Um poema sobre a vida
Na beira do rio, as águas a cantar,
Reflexos dourados começam a brilhar.
O vento passa, leve e sem rumo,
Desenha nas folhas um mundo de sumo.
E o tempo se perde, sempre a renovar.
O céu azul se estende, sem fim nem fronteira,
A nuvem viaja, pequena viajante inteira.
O sol desponta, aquecendo o corpo,
A terra responde, vibrando no sopro,
E o dia se forma, sereno, sem pressa.
O café na manhã, vapor que se eleva,
Esqueceram-se os relógios, que a pressa despegam.
O aroma quente abraça o ar,
E o mundo parece, por um instante, parar.
São os pequenos gestos que fazem a paz.
O som do farol, quebrando a noite escura,
Faz lembrar o silêncio, que é pura ternura.
As estrelas brilham, com brilho sutil,
E a noite se sente, serena e febril,
Nos faz lembrar o que a vida ensina.
O sorriso de um amigo, luz a brilhar,
Traz calor aos dias que cansam de esperar.
As palavras ditas, com alma sincera,
Acalmam as feridas, tornam a vida inteira,
E aquecem o coração que se fecha.
Na tarde que cai, o céu se pinta,
Luz dourada que no horizonte se avinta.
As sombras se alongam, mas não têm medo,
Sabem que no fim, sempre há um segredo,
E tudo se encaixa, sem pressa, sem dor.
E assim seguimos, de passo em passo,
No compasso da vida, sempre no abraço.
O que é simples, em essência, é profundo,
Pois cada momento reflete o mundo,
E na beleza do simples, encontramos a paz.